Eu tenho um sério problema com o começo. Escrever o começo de um texto, começar um desenho, começar a fazer aula de violão, começar a fazer academia, começar a parar de ser preguiçoso, a parar de beber demais, a parar de fumar, começar um namoro, começar a ler, começar a ser mais vivo, a ter medo mas não ser covarde, a me expressar como eu sou e não como os outros querem que eu seja, começar a não temer o começo.
Seria bem mais fácil se tudo começasse pelo meio, um poema, um relacionamento, acabar com um vício, acostumar a ler, aperfeiçoar o físico ou o intelecto... onde não precisamos passar pelo desconforto do novo, sair da nossa área segura que conhecemos e nos acomodamos, e agora pra começar algo, temos que andar em um terreno desconhecido, incômodo, desagradável, sempre vindo a lembrança da nossa antiga condição, em que não teríamos esse transtorno todo, e acabamos desistindo. Por isso não sou muito fã dos começos.
Mas eu tenho só 18 anos, e a cada coisa que eu começo a fazer, mais lembro do ditado "Você colhe o que você planta", e com a experiência que eu ganho, vejo que o começo é como semear a terra, e a colheita é a satisfação que traz ver que aquele seu projeto, seu plano, seu relacionamento, seu esforço deu certo, você aprende a dar valor ao sacrifício, que tudo nesse mundo tem seu preço e o que é de graça, não tem o mesmo valor daquilo que se é conquistado.
E a cada começo que pratico, eu me fortaleço, eu cresço, eu me torno menos covarde, eu me sinto mais vivo, eu aprendo o que é viver, e mesmo que esse começo não chegue a se concretizar com um final ou uma situação constante, eu fico mais calejado, mais forte, conheço meus erros e meus pontos fracos, e com isso, evoluo.
Só 18 anos, ainda tenho muitos começos pela frente... isso é só mais um começo.
Autor Anônimo
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